A boca pequena diz que um tal de Mourão ficou de tocaia a beira da estrada a mando do dr. Gabrielzinho a fim de matar Pereira,como também, quando esteve pela última vez em Ouro Preto,havia ali um capanga com intuito de assassiná-lo, não o conseguindo por se desencontrarem.
Pela volta da capital da Província, Pereira encontra frente a frente com dr. Ga-brielzinho, mesmo na ponte do Boqueirão e, este nega cumprimento, coisa que não é de seu costume.
Numa tarde recebe uma intimação para ir à Fazenda de Santa Clara. Não atendeu.
No mesmo dia, à noite, quarenta escravos penetram em sua casa para levá-lo amarrado, o que não conseguiram, pois Pereira se escondera.
No dia seguinte escreveu ao dr. Gabriel uma longa carta pedindo acomodação sobre a estrada,desculpando-se pelo que lhe tinha feito.
Este ao receber a missiva chega até a ridicularizá-lo, dizendo ao portador que já estava terminando sua estrada para oferecê-la ao Governo da Província de Minas, não como a “Estrada Pereira”, que está errada, ficando assim o seu construtor perdido para sempre, pois o Governo não lhe pagaria os serviços prestados.
E, que sua estrada será melhor do que a que passa pelo Boqueirão, depois de acabada.
E, finaliza:
_Nossa família muito tem sofrido com essa luta que se chama Pereira.
Há um incêndio no engenho da fazenda de Santa Clara e os seus proprietários acusam Pereira do fato, abrindo um inquérito na delegacia de polícia da Vila, de que nada se apurou.
Capítulo VI
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