Ninguém, pela estrada, sabia do paradeiro de Pereira. Afinal Manoel Teixeira encontra pelas proximidades de Santa Clara, com Antônio Raimundo e incontinente pergunta-lhe pelo malogrado bandeirante da terra ribeirinha.
Antônio Raimundo que é a única testemunha de vista, diz que não sabe, com receio, talvez, de cair sobre si o furor “fortista”, ainda mais que sua família, deve favores aos Fortes, vivendo até em suas terras.
Desconfiado, fugindo das testemunhas, olhando para os lados, põe a mão em forma de leque no rosto, e diz ao ouvido de Teixeira:
_Procure no rio Preto, na Cava Grande, que ele está lá.
Teixeira volta à Barra Mansa, cheio de terror, trazendo a notícia a seu patrão. A casa do Moura, tornou-se um quartel; tramava-se ali a forma de descobrir o assassinato, mas como? Se fossem à Santa Clara, seriam mortos, com certeza.
Uma noite foi passada em claro por toda aquela gente, sem que resolvesse ou descobrisse uma medida a tomar.
No dia seguinte, 25, Joaquim Francisco de Oliveira, um português comerciante em Santa Rita do Jacutinga, que vem à Vila tratar de seus negócios, avista ao passar pela Cava Grande o cadáver de Pereira, em pé, no meio do rio, com as mãos levantadas para o ar, desafiando os criminosos e o s denunciando à Justiça Divina. Foi assim verificado o crime dos Fortes que até o momento se encerrava num véu de suspeitas e conjeturas.
Como Joaquim Francisco de Oliveira vem à Vila, Fonseca Moura dá-lhe uma carta para pessoa da Vila, pedindo que levasse o fato ao conhecimento do Juiz de Direito, Promotor de Justiça e Delegado de Polícia para enviarem providências que o caso exige.
José Pereira, irmão da vítima, chega à casa de Fonseca Moura, entre soluços, querendo vingar-se da morte do irmão, mas como?
Uma multidão se acotovela na Cava Grande. A notícia correu veloz, e todos da circunvizinhança para lá se dirigem.
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