Calixto insiste para retirar-se de Santa Clara, mas o Dr. Gabrielzinho não consente: quer ver primeiro o local do crime. E, para lá se dirigem.
Até o dia 18, antevéspera do crime, trabalharam próximo a Cava Grande, alguns escravos, no serviço de matar formigas. Por precaução, foram retirados pelo administrador João Francisco de Azevedo, o João Ilhéo. Há, ali, um capoeirão que não é abatido a machado ou a foice, há vinte anos, mais ou menos. O Dr. Gabrielzinho ordena ao administrador que faça ali uma limpeza, o que cumpriu João Ilhéo, chamando Jacob, feitor das derrubadas, e Estevão, capataz de tropa, determinando-lhes que no dia seguinte, domingo, de manhã, fossem com oito derrubadores e seis tropeiros roçar o mato do lugar do crime e entupir o tijuco do pé da porteira, encobrindo, assim, os vestígios do crime. Esse serviço é feito na manhã de domingo, contra os costumes da fazenda, que não permite trabalhos aos domingos, serviço que é terminado às nove horas da manhã.
Viam-se ainda pela porteira alguns salpicos de sangue, coisa que é notada por Antônio Jose de Novais, que vem de Santa Rita para a Vila, julgando ter-se ali sangrado algum animal.
Uma preocupação que salta a cabeça de João Ilheo, é a presença das correntes na fazenda, correntes iguais à que está amarrada em Pereira, no fundo do rio. É um indício seguro para investigações policiais, e por isso mandou que se escondessem todas, retirando as que estavam em serviço e ordenou o fabrico de novas tiradeiras de madeira, como também cangas novas e arreios de couro cru.
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