quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Os maltratos diminuem e seus algozes mudam de ação.
Querem convencer a Carapina que se esqueça da morte de Pereira, prometendo até compra-lo e livrá-lo, se fizesse o que eles mandassem.
Foi nessa ocasião conduzido para o engenho e lá esteve oculto por duas noites, saindo depois com João Ilheo, o administrador de Santa Clara e João Barbado mais dois escravos trazidos de Santa Clara para Pirapetinga para o serviço já planejado. É que Alexandre de tal e Antônio Ferreira de Mendonça levaram o o fato ao conhecimento de Dr. Gabrielzinho e este lhes entregou algum dinheiro.
Quando amanheceu, Carapina sai do engenho com um lenço atado à boca, acompanhado por toda essa gente, com destino à fazenda dos Dutra (terras de D. Eleuteria) sendo assassinado friamente, a pauladas, e como não acabou de morrer com as pauladas, deram-lhe uma facada .
A cova de Carapina está ao lado da serra no caminho de Santa Isabel, no pé de uma bananeira, num canavial de terras de D. Eleuteria.
Os paus que o mataram estão em cima da cova onde foi enterrado assim também a carapuça que usava. Logo após o seu enterramento uma escrava velha que tudo assistira, ajoelha sobre a sepultura e faz preces pelo infeliz Manoel Carapina.

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