terça-feira, 16 de junho de 2009

Boqueirão da Mira


Com todo esforço, próprio da vontade de um Pereira, a ponte é lançada.
Outras pontes pequenas são construídas em pedra, em madeira, não pondo em conta as dezenas de bueiros, no decurso da estrada que penetra mata adentro, levando ao Campo, onde as auras brandas sopram, onde o Sol, a bruma do degelo sazonando os frutos que enriquecem a Zona, um intercâmbio animador tende ao crescimento, não só do vale do Rio Preto, como de outras plagas, realizando assim, as velhas aspirações dos governos das Províncias de Minas e do Rio de Janeiro, enraizadas no cérebro de Manoel da Silva Pereira Júnior, que o cognominaremos de “o Bandeirante da terra Ribeirinha”.
Por circunstância que Pereira ignora o governo da Província de Minas não cumpre o prometido, e, o abastado fazendeiro de Pirapetinga, dispõe-se com arroubo a fazer a estrada às suas expensas pondo em cheque a sua fortuna adquirida depois longos anos de trabalhos e com uma persistência cristã.
Quando estavam em meios os trabalhos iniciados, o Presidente da Província do Rio de Janeiro sabendo do intuito patriótico de Pereira abre um crédito autorizando, a Pereira, a construção da estrada desejada.
Em portaria do Governo da Província do Rio de Janeiro de 07 de Abril de 1857 Pereira obtém autorização para construir a estrada da Freguesia de Conservatória até à ponte de Pirapetinga[1].


[1] Hoje Barbosa Gonçalves, terras pertencentes aos membros da família Vilela. Local “Areal”.

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